No dia 11 de setembro de 2013 aconteceu o segundo encontro do Clube de Desenho do Sertão. Dessa vez, ancoramos na margem baiana do Rio São Francisco, na cidade de Juazeiro. Coincidência ou não, nessa data marcante, encontrei um texto do Charles Watson - professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro - no qual aponta um fato curioso: nos meses que se seguiram aos atentados do 11/09, , muitos artista residentes em Nova York abandonaram projetos grandiosos e resolveram apenas desenhar em seus pequenos sketchbooks (esse texto encontra-se no livro" Sketchbooks, as páginas desconhecidas do processo criativo": http://www.sketchbooks.art.br/).
Doze anos depois, num contexto diverso, o Ponta Seca também utiliza a linguagem do desenho para depurar as (pequenas e cotidianas) tragédias que, silenciosamente, transformam o Sertão (notem a ironia do descaso: atrás da placa que alerta sobre o crime de poluir o rio, um vala de esgoto contamina a água do São Francisco. Logo à frente, uma barcaça abandonada é marca do "progresso" predatório.)
Zé de Rocha
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